8.4.17

As Emoções e a Ressonância Límbica pelo Yoga

Pode-se observar,  recentemente de modo mais acentuado, um conceito denominado “Ressonância Límbica” ser cada vez mais inserido em nosso contexto social, seja através da mídia, dos livros ou debates acadêmicos. E, o que seria isto?
A Ressonância Límbica ocorre quando nossas emoções são manifestas e isto é percebido e sentido por outras pessoas. É quando alguém está envolvida emocionalmente – seja amor, paz, raiva, tristeza, e etc , e isto é percebido imediatamente por quem está ao redor. Como ocorre este processo?
A ciência afirma que possuímos três cérebros: o cérebro reptiliano, o límbico e o neocortex. O Reptiliano é a parte mais antiga do cérebro. É responsável  pelo comportamento instintivo, como reprodução, instinto de sobrevivência e também pelas funções sensórios motoras. Como o nome diz, é característica dos répteis.
Uma nova camada acima da antiga é o chamado sistema límbico, característica dos mamíferos. É o cérebro emocional - relacionado às emoções e a memória. E acima deste, encontramos o neocortex, interligado ao pensamento, raciocínio e linguagem.
Quando o sistema límbico é acionado ocorre uma ressonância que pode ser percebida por seres da mesma natureza. Ele é acionado, a princípio, por nossos sentidos.  Como vivemos em um mundo fortemente visual, é pelos olhos  o maior canal desta percepção.
Através dos olhos percebemos o estado emocional de uma pessoa seja pelos pequenos traços de seu comportamento  (tese mais difundida) ou de suas sensações transmitidas em outras linguagens ou sensações. Apenas Sentimos o que está acontecendo. Outro canal em que ocorre a ressonância é o som. São os ouvidos. Sabemos como podemos nos sentir agraciados emocionalmente quando ouvimos uma bela musica. Um detalhe: A glândula Pineal faz parte da estrutura do Sistema Límbico.
No entanto há outros sentidos da percepção, mais sutis, onde podemos captar esta ressonância emitida pelo sistema límbico. Aí entra o Yoga.
Yoga e o Sistema Límbico
Yoga é a interiorização dos Vrittis, que são as expressões da mente que por sua vez são captadas pelos nossos sentidos (sentidos exteriores). Ao invés de colocarmos nossa atenção e energia nos sentidos e em suas captações, podemos colocar a atenção em nossa alma, ou essência, ou self, ou eu interior e este acionar as emoções relacionadas em nosso sistema límbico.
O atributo essencial de nossa alma é a Paz. Conforme vamos descortinando nossas camadas exteriores e vamos acessando nossa alma, vamos permitindo que este estado se manifeste, e com isto acionando nosso Sistema Límbico e este através da ressonância faça com que a Paz se espalhe por nossa volta. O Sistema límbico é uma caixa de ressonância.
A caixa de ressonância passa a ser acionada não mais de fora para dentro, mas aos poucos, de dentro para fora, com qualidades emocionais sutis e de maneira consciente. Quanto mais nos interiorizamos, mais aspectos sutis de nossa essência é captada e espalhada.
O que também é interessante é que conforme praticamos isto, começamos a aprender a reconhecer aspectos sutis de outras pessoas, seja manifesta por sua essência e/ou amplificada pelo seu próprio sistema límbico. E não só, a ressonância realizada de maneira consciente é cada vez mais compartilhada. Isto significa escolhas, realizadas pelo discernimento, de maneira consciente, de emoções mais sutis, amplificadas por esta caixa de ressonância. A Pineal é uma antena.
Não é à toa que o Yoga é definido nos Sutras de Patanjali como Yoga é o recolhimento dos Vrittis – expressões da mente captadas pelos sentidos.
Portanto, somos capazes de ser utilizar, conscientemente e de modo voluntário , nossas emoções mais sutis e espirituais – como o amor, a gratidão, a compaixão, temperá-las com a Paz da alma através da meditação e da oração tendo um enorme canal de ressonância como o Sistema Límbico.
Detalhe: Quanto maior for o foco, a concentração, a atitude de se pôr por inteiro no ato, mais potencializa e cristaliza a ressonância. E, isto ocorre pela prática, prática, prática.
Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com





4.4.17

Os Chakras


Os Chakras são centros energéticos existentes no corpo humano, responsáveis por captar, armazenar e conduzir o prana (energia) pelo corpo.

Existem milhares de centros energéticos ao longo do corpo, mas vamos nos limitar aos sete principais, localizados entre a base da coluna e topo da cabeça. Cada chakra tem sua cor, elemento, bija mantra, e um vínculo com os vrttis, as latências  mentais presente em cada um deles, que determinam os condicionamentos e as ações de cada indivíduo, e que muitas vezes podem fazer com que a energia em determinado chakra fique estagnada, trazendo a desarmonia do mesmo. Conhecendo o conteúdo de cada um deles, podemos através das técnicas do yoga, entre elas asanas, bandhas e pranayamas, transpor esta estagnação e gerar mudanças biológicas e psíquicas. ( E tb da Mente para o Chakras)

A palavra chakra vem do sânscrito e significa “roda”, ”disco”, “plexo”. O Shat-Chakra-Nirupana  Upanishad foi compilado em 1577 pelo hindu Purnananda, um guru de Bengala, e é considerado uma das melhores descrições a respeito dos chakras e nadis. 

As descrições a seguir são baseadas nesta escritura, e caso tenha interesse em se aprofundar no assunto, indicamos o livro  Teoria dos Chakras, de Hiroshi Motoyama, Ed.Pensamento, que faz um detalhado estudo sobre o tema.

Muladhara Chakra
O Chakra Raiz está localizado na base da coluna vertebral, entre o ânus e os órgãos genitais, e está relacionado as glândulas supra-renais, que segregam adrenalina. É aqui que a kundalini está adormecida.
Cor: ocre

Elemento: terra
Bija Mantra: LAM
Pétalas: 4 pétalas vermelhas
Símbolo: quadrado
Lâtencia: segurança
Em harmonia: instinto de sobrevivência, solidez, autoconfiança, materialidade, boa comunicação,
relação sádia com a matéria, capacidade de transcender limites
Em desarmonia: inércia, posse, medo, apego, rigidez, cobiça, avidez, bloqueio na comunicação, tendência de ser manipulado, credulidade, dificuldade em dar e receber, possessividade


Svadhisthana Chackra
O Segundo Chakra está localizado na raiz dos orgãos genitais, quatro dedos abaixo do umbigo, corresponde ao plexo prostático.

Cor: branco
Elemento: água
Bija mantra: VAM
Pétalas: 6 pétalas vermelhas
Símbolo: crescente
Latência: sexualidade
Em harmonia: valor, coragem, reações positiva ante os obstáculos, criatividade, vitalidade,
domínio sobre as paixões.
Em desarmonia: agressividade, violência, excessos, vergonha, autodestruição, obsessão sexual,
domínio, solidão


Manipura Chakra
O Terceiro Chakra está localizado na região do plexo solar, à altura do umbigo e está associado ao plexo epigástrico e ao pâncreas.

Cor: vermelho
Elemento: fogo
Bija mantra: RAM
Pétalas: 10 azuis
Símbolo: triângulo
Latência: poder
Em harmonia: bem-estar, poder, consciência do eu, impulso pelo autoconhecimento, confiança, discernimento
Em desarmonia: egotismo, domínio sobre os demais, distorção da sexualidade, ambição, arrogância, raiva
Anahata Chakra
O Quarto Chakra está localizado ao nível do coração, relacionado ao plexo cardíaco e ao timo, a glândula responsável pelo funcionamento do sistema imunológico.

Cor:  cinza
Elemento: ar
Bija mantra: YAM
Pétalas: 12 vermelhas
Símbolo: 2 triangulos
Latência: amor
Em harmonia: amor, solidariedade, religiosidade, alegria, autoridade, compreensão, generosidade, nobreza, compaixão
Em desarmonia: passividade, falta de motivação ou confiança, angústia, desespero, aversão, ódio,
agressividade


Vishuddha Chakra
O Quinto Chakra está localizado na plexo laríngeo, região da garganta. Está relacionado com as glândulas tireóide e paratireóide, que regulam o metabolismo.

Cor: prata
Elemento: espaço
Mantra: HAM
Pétalas: 16 púrpura
Símbolo: círculo
Latência: eloqüencia
Em harmonia: reflexão, criatividade, receptividade, expressão, intuição, magnetismo, comunicação com o subconsciente
Em desarmonia: conflito de auto-imagem, dificuldade em expressar o que pensa e/ou sente, ganancia
insensatez, negatividade


Ajna Chakra
O Sexto Chakra está localizado entre as sobrancelhas, no chamado terceiro olho. Relacionado ao plexo cavernoso e a glandula pituitária (hipofise), que segrega a endorfina.

Cor: branco e ouro
Elemento: -
Mantra: OM
Pétalas: 2 luminosas
Símbolo: lingam
Latência: saber
Em harmonia: intelecto, compreensão, força de vontade, determinação, paciência, perdão,
plenitude, discernimento
Em desarmonia: bloqueio intelectual, dificuldade em ver as coisas como são, orgulho, soberba
isolamento da totalidade


Sahashrara
O Sétimo Chakra está localizado no alto da cabeça, também conhecido como chakra coronário. Relacionado ao plexo cerebral e a glandula pineal (epifise), produtora de melatonina, substância que regula o sono e os ritmos biológicos.

Cor: luz branca
Elemento: -
Mantra: -
Pétalas: 972 de luz
Símbolo: esfera
Latência: iluminação
Em harmonia: intuição, queima dos samskaras, transcendencia, amor universal, impulso de evolução,
energia
Em desarmonia: falta de visão, falta de discriminação e falta de compreensão das realidades da vida

FONTE:
Shat-Chakra-Nirupana  Upanishad - PurnanandaMOTOYAMA, Hiroshi – Teoria dos Chakras, Ed Pensamento, Ano 1988
KUPFER, Pedro – Apostila Formação em Yoga Curso Livre Módulo 1, Yogabindu Ano 2009
Boa Yoga: http://boa-yoga.com/category/fisiologia-sutil/chakras/


Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com





Meditação diminui dores e aumenta a imunidade do corpo, diz estudo


Um estudo realizado por pesquisadores dos EUA, da Espanha e da França concluiu que a meditação tem poder analgésico e anti-inflamatório, uma vez que a atividade diminui os níveis das substâncias que causam o estresse e as dores no organismo. Sendo assim, o estudo sugere que, aliada a um modo de vida saudável, a meditação é capaz de aumentar a imunidade do corpo e espantar doenças de forma eficaz.


Com objetivo de analisar os efeitos da meditação no organismo, o estudo comparou dois grupos: enquanto o primeiro era composto por meditadores experientes, o segundo era formado por pessoas que não realizam a prática zen. Depois de oito horas de meditação, o primeiro grupo apresentou menores níveis das substâncias inflamatórias – o que significa dizer que, além de reduzir a dor, a meditação também é capaz de trazer uma recuperação física mais rápida depois de uma situação traumática ou estressante.

“O mais interessante é que se observaram as mudanças nas propriedades que são os alvos atuais dos remédios anti-inflamatórios e analgésicos”, comentou Perla Kaliman, membro do Instituto de Pesquisa Biomédica de Barcelona e responsável pela pesquisa. Assim, o estudo coloca a prática zen como uma alternativa natural aos remédios utilizados para combater diversas doenças.

E não para por aí: de acordo com um estudo produzido pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), as pessoas que fazem meditação tem o cérebro mais bem desenvolvido do que os não praticantes. Isso ocorre porque algumas áreas do cérebro – principalmente as responsáveis por regular as emoções – tornam-se maior a partir dos exercícios zen.

Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com






3.4.17

A Ecologia do Ser


Geralmente o que nos vem à mente quando ouvimos ou lemos o termo Ecologia do Ser, imaginamos que se trata de algo relacionado apenas ao indivíduo, separado da sociedade.

Porém, ela aborda não somente nossa pessoa, mas também o ambiente e o planeta como nossa casa. É quando nosso ser holístico encara o todo como uma unidade. Sabemos que o planeta e todos nós precisamos de cuidados e também uma maneira diferente de olhar os fenômenos.

O planeta não sofrerá alterações significativas, nem de seus paradigmas tradicionais se o indivíduo não mudar. E para isto já existem as ferramentas apropriadas e são encontradas em muitos lugares no dia-a-dia.

A cada dia nos deparamos com uma demanda mundial crescente de terapias alternativas. É um inequívoco sinal da preocupação humana em transformar-se, em se tornar melhor, mais eficiente do ponto de vista da saúde e do espírito. Para o ser, a preocupação não apenas fica circunscrita ao físico, mas também aos níveis mental, emocional, social e espiritual. Ele se deu conta de que é preciso limpar seus campos interiores. Ser ecologista também com ele mesmo e principalmente com os alimentos que penetram estes níveis mencionados acima e a maneira que eles nos nutrem.

Conhecemos o mandamento destacado por Jesus que afirma que devemos amar o próximo como a nós mesmos. E logo vêem a pergunta: nós sabemos nos amar de fato? Como pode alguém dar amor se ingere lixo alimentar, emocional e mental? Que amor pode ser dado por uma cesta de lixo? Com certeza este amor pode ser e muito aprimorado se nos atentarmos ao que ingerimos em todos os planos. Podemos ser muito mais eficientes na ação e também trabalhar de fato o que é denominado inteligência espiritual.

Sabemos da importância da ingestão dos alimentos integrais, da dieta vegetariana e bem balanceada para nosso organismo e corpo físico. Temos consciência de que se o alimentarmos corretamente, teremos boa saúde e sobretudo um bom desempenho físico e longevidade. Mas, e os outros níveis ou corpos? Como se dá a alimentação deles?

O corpo ou nível mais sutil que o físico do ser é o energético. Ele pode ser nutrido através das caminhadas, dos exercícios físicos, do Yoga, da vida junto à natureza. Um nível mais acima encontramos o emocional. Até que ponto somos carentes ou abastecidos de afeto, amor, bondade?

Neste nível muda-se o paradigma, pois você se alimenta de amor, dando amor, se alimenta de bondade e benevolência sendo eles e não pedindo que os outros te amem ou que sejam bonzinhos com você. Quem ama e é afetuoso com os familiares e com o próximo é abastecido emocionalmente. A carência social é notória. Faça algo emocionalmente para você já: aprenda a amar e ame-se.

A seguir, o campo mais sutil é o mental. Qual é o alimento mental que você ingere todos os dias? Você assiste a programas de tv sensacionalistas, gosta de notícias fortes, fica remoendo mentalmente pensamentos negativos, sensuais e destrutivos ou alimenta sua mente com conversas virtuosas, leituras espiritualistas e pensamentos pacíficos? Sua mente terá a característica do alimento mental a qual você nutre. Mude seus hábitos mentais e sua mente também mudará.

A matéria prima que ela irá trabalhar será de boa qualidade. E por fim o campo espiritual. Ele é nutrido pelas orações, meditações e o amor universal. Sacralize seus níveis e corpos. Torne sagrado cada alimento que penetra neles e não vilipendie o seu ser. Seja ecologista com você mesmo. Você aprenderá a não vilipendiar a natureza observando como ocorre dentro de você.

A consciência ecológica começa primeiramente com você mesmo e como você se trata, pois isto será o reflexo de suas ações com o próximo e com a comunidade. A sintonia fina de sua ação social será muito mais contundente e nossas ações serão o alimento de uma sociedade saudável.

Com isto aprimora-se a maestria nos cuidados consigo mesmo e com os outros e desenvolve a competência de fazer as coisas acontecerem de forma natural, serena e produtiva. Gandhi tinha uma frase, entre tantas que pronunciou, que sintetiza bem a questão:
“Seja você mesmo a mudança que você quer para o mundo”.


                                                                  Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com



2.4.17

A inteligência do coração


Corriqueiramente escutamos as expressões: "Escute seu coração"; "O coração á sábio". O coração é tido como sábio, mas como isso acontece? A inteligência não está na cabeça?

O coração não é piegas nem sentimental. Ele é inteligente e forte.
Neurocientistas recentemente descobriram que o coração tem um sistema nervoso independente. Na verdade, é chamado "o cérebro que existe no coração".

Existem mais do que 40 mil neurônios no coração e este "cérebro do coração" afeta a amígdala, tálamo e córtex do cérebro da cabeça.

Acreditava-se que o cérebro tomasse todas as decisões do nosso corpo, mas John e Beatrice Lacey, do Fels Research Institute, mostraram que esta não é a realidade.

Eles também descobriram que nossos batimentos cardíacos não são meras pulsações mecânicas, mas sim, uma linguagem inteligente que influencia de modo significativo a maneira como percebemos o mundo e reagimos a ele.

O Instituto HeartMath nos EUA dedica-se ao estudo da inteligência do coração e desenvolveu técnicas para que possamos entrar em contato e desenvolver esta inteligência.

Quanto mais aprendemos a escutar a inteligência do coração e segui-la, tanto mais equilibradas e coerentes tornam-se as nossas emoções. Sem ela, nos tornamos presa fácil do medo, raiva, culpa, insegurança e etc.

As emoções negativas criam ritmos cardíacos e nervosos irregulares e desorganizados provocando uma sobrecarga no coração e outros órgãos sendo capaz de levar a sérios problemas de saúde.

Enquanto que emoções positivas aumentam a ordem e equilíbrio no sistema nervoso e produzem ritmos cardíacos regulares e harmoniosos. Este estado de coerência e harmonia diminui o stress, eleva o nível do DHEA (hormônio anti envelhecimento) inclusive, aumentando a nossa resistência à infecções e doenças.

A mente opera de uma maneira linear e lógica o que é muito útil e importante no dia-a-dia, mas às vezes precisamos algo além da análise lógica para resolver algum problema e aí entra a capacidade intuitiva e emocional que é a inteligência do coração.

Quando essas duas inteligências, coração e cérebro, estão em estado de coerência, tudo se harmoniza no organismo.

Quando nos dedicamos repetidamente aos mesmos pensamentos e sentimentos certos circuitos mentais se reforçam, ou seja, se solidificam. Por isso, muitas vezes, é difícil alterar emoções e atitudes.

A inteligência do coração, no entanto, processa as informações de maneira mais intuitiva e direta. O coração está sempre à procura de novas possibilidades. A cabeça "sabe" o coração "compreende".

O coração tem a capacidade de processar informações de forma mais aprimorada do que a mente e tem forte influência na maneira como o cérebro funciona.

O campo eletromagnético que o coração gera é cerca de 5 mil vezes mais forte do que o que o cérebro produz. Cientistas dos laboratórios do Instituto HeartMath oferecem evidências de que existe uma interação energética direta entre o campo eletromagnético produzido pelo coração e o produzido no cérebro.

Uma maneira prática e rápida de trazer essa coerência entre o cérebro e o coração é um exercício simples que dura cerca de 1 minuto:

Técnica da Imagem Congelada

1- Reconheça o sentimento estressante e congele-o. Faça uma pausa.

2- Faça um esforço sincero para afastar sua atenção da mente apressada ou das emoções perturbadoras para a área ao redor do coração. Finja que está respirando através do coração para ajudar a concentrar a sua energia nessa área. Mantenha sua concentração aí por pelo menos 10 segundos.

3- Lembre-se de um sentimento positivo ou divertido, ou de uma época boa que você teve na sua vida, e tente revivê-los.

4- Agora, usando a intuição, o senso comum e a sinceridade, pergunte ao coração: "Qual seria a sua resposta mais eficiente para a situação, uma resposta que reduza ao mínimo o stress futuro?"

5- Ouça o que o coração diz em resposta à sua pergunta. (Esta é a melhor maneira de pôr em xeque sua mente e suas emoções reativas e uma fonte interior de soluções baseadas no bom senso!)

Este exercício também pode ser usado de maneira mais simples. Focando a atenção no coração, trazendo a imagem congelada de uma situação boa e ficado uns minutos com esta imagem e sentimento para produzir o estado de coerência.

À medida que vamos respirando e concentrando a atenção no coração, a variação da freqüência cardíaca se modifica, tornando-se cada vez mais estável, coerente e organizada. Conseqüentemente, a cabeça e os outros órgãos internos do organismo entram em coerência com esta harmonia.

Isto se deve ao fenômeno da Sincronização Automática. A descoberta da sincronização automática deu-se por um inventor europeu do séc. XVII que inventou o relógio de pêndulo. Ele observou que independentemente do número de relógios em sua sala e do ritmo de cada um, depois de um certo tempo, todos os pêndulos entram em sincronia com mais forte.

No caso do nosso organismo, como o coração é o que gera mais força, inclusive, porque tem o campo eletromagnético mais forte, ele dá o ritmo e após algum tempo todos os outros órgãos entram em sincronia com ele.

O foco no coração é, portanto, a forma mais eficiente e direta para trazer um estado de paz, harmonia, saúde e felicidade ao ser humano.

Coloca o homem a um batimento cardíaco de uma nova compreensão do seu próprio coração.

Maria Helena Leite de Moraes
Terapeuta Holística

                                                               Phelippe Pranaom Shan
                                                 Professor de Yoga, Meditação e Relaxamento 
                                                              lothusganesha@gmail.com



Neurônios no Coração

Siga seu coração, ele é mais inteligente do que você pensa…

O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois. Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que meramente a estação principal de bombeamento do corpo.

Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.


O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula.

Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo, sem colocar eletrodos sobre ele!

A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.

O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequência. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia e todos são holográficas.
Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anel universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anel.


Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como milagres entrando em nossas vidas.

Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle.

Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construímos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.


Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, entrar em seu coração e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho.

A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.



 
   Phelippe Pranaom Shan
              Professor de Yoga, Meditação e Relaxamento 
  lothusganesha@gmail.com





Glândula Pineal



A glândula Pineal é aproximadamente do tamanho de uma ervilha, estando situada no centro do cérebro em uma pequena concavidade atrás e acima da glândula pituitária, a qual se localiza um pouco atrás da base da raiz do nariz. A Pineal está localizada diretamente atrás dos olhos, conectada ao terceiro ventrículo.

A verdadeira função dessa glândula misteriosa tem sido observada há longa data por filósofos e místicos. Freqüentemente, a glândula pineal surge como o centro de nosso relacionamento com outras dimensões, e tem sido assim nas mais variadas correntes religiosas e místicas, há milhares de anos. O mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal, ou epífise, é tida como a sede da alma. Para os praticantes do ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento.

 O filósofo e matemático francês Renê Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”. Atualmente, as pesquisas científicas parecem ter se voltado definitivamente para o estudo mais atento desta glândula. Estaria a humanidade próxima da comprovação científica da integração entre o corpo e a alma? Haveria um órgão responsável pela interação entre o homem e o mundo espiritual? Seria a mediunidade, de fato, um atributo biológico e não um conceito religioso, como postulou Allan Kardec?

Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa  dimensão 3D.

Para responder a estas e outras perguntas, a revista Espiritismo & Ciência conversou com o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo,
dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Diretor-clínico do Instituto Pineal Mind, e diretor presidente da AMESP (Associação Médico-Espírita de São Paulo), Sérgio Felipe de Oliveira é um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, e vem ganhando destaque nos meios de comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em fenômenos ligados à mediunidade.



Fale um pouco sobre seu trabalho à frente da AMESP e do Instituto Pineal Mind. A AMESP é uma associação de utilidade pública que reúne médicos dedicados ao estudo da relação entre a medicina e a espiritualidade. O Pineal Mind é minha clínica, um instituto de saúde mental, onde fazemos pesquisas e atendemos psicoses, síndromes cerebro-vasculares, ansiedades, depressão, psicoses infantis, uso de drogas e álcool.

Temos um setor de psiconcologia (psicologia aplicada ao câncer) e estudamos também os aspectos psicossomáticos ligados à cardiologia, etc. Agora, particularmente nas pesquisas comportamentais, eu estudo os estados de transe e a mediunidade. Mas não pesquiso só a glândula pineal; ela é o que eu pesquiso no cérebro, interessado em entender a relação entre corpo e espírito.

O que é psicobiofísica?

É a ciência que integra a psicologia, a física e a biologia. Na biologia, estudamos o lobo frontal, responsável pela crítica da razão; mas o cérebro funciona eletricamente – aí entra a física, que serve de substrato para o pensamento crítico, que é o psicológico.

Quando surgiu seu interesse no aprofundamento do estudo da pineal?

Foi por volta de 1979/80, quando eu estava estudando a obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier. Em Missionários da Luz, a pineal é claramente citada.

No relato do Espírito André Luiz, através da psicografia de Chico_Xavier ocorrida em 1943, no livro Missionários da Luz , o orientador Alexandre faz as seguintes considerações: “… analisemos a epífise como glândula da vida espiritual do homem. Segregando energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema_endócrino. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo_vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças_subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos…”.

Nesta mesma época, eu já pleiteava o curso de Medicina. No colégio, estudando Filosofia, fiquei impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal. Quando entrei na faculdade, corri atrás destas questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo.

O que é a glândula píneal, onde está localizada e qual a sua função no organismo?

A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do Sol e da Lua. A pineal obedece aos chamados Zeitbergers, os elementos externos que regem as noções de tempo. Por exemplo, o Sol é um Zeitberger que influencia a pineal, regendo 0 ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Existe também o Zeitberger interno, que são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. 

Agora, o tempo é uma região do espaço. A dimensão espaço-tempo é a quarta dimensão. Então, a glândula que te dá a noção de tempo está em contato com a quarta dimensão. Faz sentido perguntarmos: “Será que a partir da quarta dimensão já existe vida espiritual?” Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa dimensão nossa. A afirmação de Descartes, do ponto em que a alma se liga ao corpo, tem uma lógica até na questão física, que é esta glândula que lida com a outra dimensão, e isso é um fato.

Outros animais possuem a epífise? Ela está relacionada á consciência?

Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza o campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.

Esta glândula seria resquício de algum órgão que está se atrofiando, ou estaria ligada a uma capacidade psíquica a ser desenvolvida?

Eu acredito que a pineal evoluiu de um órgão fotorreceptor para um órgão neuroendócrino. A pineal não explica integralmente o fenômeno mediúnico, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. 

Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção.Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.

A pineal pode ser estimulada com a entoação de mantras, como pregam os místicos?

A Glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica.


    Phelippe Pranaom Shan
              Professor de Yoga, Meditação e Relaxamento 
  lothusganesha@gmail.com





O PODER DA PALAVRA: Saiba de que maneira os sons podem influenciar no seu estado emocional

Geralmente não temos idéia do poder e do efeito que as palavras têm em nossa mente e no corpo físico. Desconhecemos o que acontece aos outros quando as pronunciamos. Quando uma pessoa diz a outra: você é formidável, inteligente, forte, etc., a receptora sente alegria e até uma certa exaltação.

Sabemos que quando sorrimos e estamos em estado de alegria e felicidade ou quando estamos bem interiormente, produzimos o hormônio da Endorfina. Produzido pela glândula hipófise, a Endorfina tem uma potente ação analgésica e ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar e conforto. Acredita-se que as Endorfinas controlam a reação do corpo à tensão, regulando as algumas funções do sistema nervoso autônomo como as contrações da parede intestinal.

Mas, se ao contrário, esta mesma pessoa faz uma crítica ou uma observação desagradável a outra pessoa. Provavelmente seu interlocutor ficará desconfortável ou até mesmo irado. A liberação do hormônio da adrenalina, a princípio, será inevitável e a os efeitos deste no organismo provocarão estresse e até doenças se houver bloqueio desta energia. Portanto, alegria e cólera podem ser provocadas apenas pelas palavras. É um sinal inequívoco de seu poder.
Nossas palavras atuam também em nós mesmos da mesma maneira. A maioria das escolas esotéricas, religiosas ou de ocultismo enfatizam a importância das frases positivas quando você referir-se a você mesmo. O efeito é o mesmo. Sabemos que as atitudes metais e ações positivas no cotidiano proporcionam saúde tanto física quanto mental. Porém, até que ponto somos livres à influência das palavras e até que ponto temos consciência delas e seus efeitos em nossa vida.
Um provérbio tibetano diz que as palavras não tem nem pontas, nem corte, mas podem ferir o coração de um homem. Precisamos nos conscientizar que as palavras têm poder criador e devem ser utilizadas sabiamente.

Por meio das palavras que escrevemos ou pronunciamos, estamos estabelecendo continuamente um padrão vibratório. Em virtude destas forças vibratórias e da lei da sincronicidade, quando uma pessoa escreve ou fala alguma coisa, começa a atrair a situação similar para ele. Cada palavra que pronunciamos estamos exercendo uma ação na nossa vida pessoal, que agirá a nosso favor ou contra nós.

Com efeito, cada palavra que emitimos é uma expressão, a qual produz uma tendência particular em determinada parte de nosso ser. Essa tendência pode manifestar-se em nossa mente, em nosso campo emocional, em nosso corpo energético ou em nosso corpo físico, através da química deste último. As palavras proferidas por nós ou por outrem podem até mesmo manifestar tendências em nossos desejos e ações construindo os caminhos para nosso destino.

Se soubéssemos o poder que tem nossas palavras, teríamos muito cuidado em nossas conversas. Um bom exercício é observarmos a reação das pessoas à elas. Geralmente damos pouco valor ao efeito das palavras que são pronunciadas aos outros ou a nós mesmos. Experimente observar a fisionomia de alguém ao ser elogiado. Não será nunca uma fisionomia de descontentamento.

Uma palavra de estimulo funciona como uma alavanca impelindo o individuo a procurar dar sempre o melhor de si. As palavras positivas são um grande investimento que podemos oferecer a nós mesmos e aos que nos rodeiam. Observe o efeito em você, de uma palavra negativa de seu chefe no trabalho ou de uma outra pessoa que te fez calar. Todos nos nós sentimos machucados ao ouvir palavras asperamente ditas. Uma mesma frase pode ser dita de varias maneiras com diferentes tipos de entonação de voz e com diversos tipos de expressão facial.

Dentro de nossa família, que grande bem pode ser feito a uma criança ao elogiá-la cada vez que ela faz um trabalho bem feito. Mesmo que seja um elogio sobre a forma que ela soube amarrar o seu par de tênis pela primeira vez. Uma palavra negativa, principalmente por parte dos pais ou de um professor, pode causar um sentimento de inadequação para o resto da vida de um individuo que esta em processo de formação de sua personalidade.

A Palavra na Medicina
Na medicina, encontramos o conceito dos princípios da Bioética que procura facilitar a comunicação entre o médico e o paciente. A comunicação entre os dois pode provocar efeitos negativos no paciente ou ao contrário, ser uma maneira de o médico proporcionar ao paciente um estimulo para que este retorne ao estado natural de saúde.

A Bioética promove a confiança, estimulando apresentação de objetivos claros, disposição para escutar, respeito a outras opiniões e tomada de decisões assumindo a responsabilidade. A não maleficência na comunicação médico-paciente é a ponte entre os procedimentos e as explicações evitando acrescentar ainda mais danos ao bem-estar físico, psíquico ou social do paciente.

                                                  

O Poder das Palavras nos Livros Sagrados
No livro da Gênese, na Bíblia, a criação é realizada através do poder da palavra de Deus. Na medida em que Deus falava, sua criação surgia. O poder de Deus fluiu através da sua palavra. Encontramos referência ao poder da palavra em outros livros da Bíblia: "Nossas palavras também podem criar ou destruir", "Abençoai e não amaldiçoeis", "o Espírito Santo opera através da Palavra de Deus" ou o clássica " No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" de João Evangelista.

Referências à palavra também são encontradas no livro dos Vedas, considerados os mais antigo documento da literatura indiana datado em milhares de anos. O termo Veda significa conhecimento. Eles foram compilados por Vyasadeva e formam uma coleção de 1.028 hinos considerados sagrados e dirigidos a divindades diversas. Originalmente o conhecimento era transmitido por via oral, o que estimulava o poder concentração, inteligência, memória, e posteriormente foi codificado na forma escrita. É composto em forma de poesia e cantada com ritmo. Formam as sementes da melodia da música da índia. A Música Indiana inicialmente é presenciada nos Vedas.

Os Mantras

A palavra Mantra deriva da raiz "man", que pode significar mente. A ela se junta o sufixo tra, que quer dizer liberar. Assim, Mantra pode ser definido como instrumento para a liberação da mente. A consciência deixa de se alocar em patamares da mente racionalista e lógica para adentrar em níveis mais profundos, sutis e elevados e o Mantra produz energia para esta elevação. De outra maneira pode ser dito que eles protegem nossas mentes de maus pensamentos .
O Mantra é também utilizado para promover a cura, solucionar problemas, conseguir proteção e direção espiritual e manifestar desejos. As repetições rítmicas e contínuas produzem vibrações que despertam energias específicas. É utilizado também para desintegrar os condicionamentos. Eles Proporcionam estabilidade do pensamento e a expansão da consciência.
Há diversos tipos de Mantras. O Kirtan é o Mantra cantado, melódico. O japa é o Mantra repetido em tom de murmúrio. Para a prática do Japa, Os yoguins utilizam o mala, que é um cordão de contas - também chamado de cordão de energia. Ele contém 108 contas. Orar repetidamente, tem a finalidade de magnetizar as energias ou atributos de uma determinada divindade ou arquétipo. Existe também o Mantra chamado Bija, que é o Mantra semente. Cada Chakra tem o seu Bija Mantra e pode ser estimulado pelo som deste Mantra.

A idealização que acompanha a pronúncia do Mantra - ou a idéia que ele representa -, é incorporada à mente do adepto. A cada estado de realização corresponde um som determinado, que é a sua semente. Por exemplo, o Mantra Om induz à identificação com o Alma Universal.

O Mantra Om namah Shivaya, à aproximação com o arquétipo de Shiva. Dessa forma, através das diversas vibrações sonoras do universo, assimilam-se diretamente conhecimentos e experiências essenciais para atingir os estados supraconscientes. Os mantras são representações sonoras das Divindades, assim como as imagens são suas representações formais.

Segundo vários textos clássicos o universo é formado por 50 vibrações-mães. Essas vibrações formam o caminho dos sons cósmicos. Cada um dos Mantras atua no universo interno ou externo.O Mantra Om é o mais importante de todos os Mantras, pois ele é considerado a síntese de todos os sons que derivam dele.

Anatomia sutil
Os textos sagrados da índia ensinam que o corpo do ser humano é inervado por uma rede de 72 mil nadis -canais sutis em sânscrito. É uma espécie de sistema circulatório energético e encontram-se no campo etérico do homem. As extremidades destes canais possuem a formas de letras e o Prana (alento) que circula nos canais é influenciados por essas formas. O som também faz vibrar cada um destes canais.

Os Mantras intraduzíveis
A língua sânscrita é uma das línguas clássicas e das mais antigas da humanidade. Seus fonemas são sons guturais e cada sílaba é relacionada a uma naddi. Como o som desempenha um papel muito importante no uso dos Mantras , os tibetanos nunca os traduziram para sua língua, procurando preservar o poder espiritual inerente à sonoridade sânscrita e à enunciação original do Mantra. Como as Ragas, os Mantras são formados pelas 50 letras do alfabeto sânscrito e se traduzidos perdem sua força.
Alguns Mantras e sua finalidade: Om Adishaya Namah - para alegria e felicidade, Om Sri Durgaia Namah - para proteção, Om Sri Lakshimyai - para medo, insegurança. Om Namah Shivaya - para força/poder interior. Om Mani Padme Hum - tem o poder de eliminar as seis emoções conflituosas de base: desejo-apego, raiva-aversão, cegueira, possessividade, ciúme e orgulho, Om Sri Govindaya Namah - para felicidade e riqueza, Om Sanat Kumara Ah Hum - para força e coragem, Om Sri Ganeshaya Namah - para proteção, Om Hrim Brahhmaya namah - para elevar e estado de ânimo, Om Bhur Bhuwah Tat Savitur Varenyam Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yo Nah Prachodayat Aum Bring Hansah Suryaye Namah Aum ( Gayatri Mantra - utilizado para purificação, iluminação e revitalizante)

Musicoterapia
Sabemos que muitas das enfermidades são de origem psicossomáticas ou derivadas de bloqueios energéticos que fluem dentro de nosso corpo. Muitos terapeutas têm utilizado o poder do som e da música para restabelecer o equilíbrio energético. A música não só afeta aos seres vivos, mas altera o ambiente e o local. A Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos - som, ritmo, melodia e harmonia -, a fim de atender às necessidades físicas, emocionais, mentais e sociais do paciente.


Para entender a Musicoterapia, é necessário primeiro compreender a ação da música no organismo. Ao chegarem aos ouvidos, os sons são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo - região do cérebro que é considerada a estação central das emoções, das sensações e dos sentimentos. Os impulsos provocados pela música no cérebro repercutem em todo o corpo. O ritmo musical influencia os padrões de sono e vigília, a respiração, os batimentos cardíacos, a circulação sanguínea e também as secreções de diversas glândulas.

Ao analisar essas alterações fisiológicas, os especialistas conseguem desenvolver terapias específicas para doenças físicas e mentais e também para gerar bem-estar. Ela produz bons resultados em pessoas com problemas de comunicação - desde os autistas, que vivem isolados em um mundo próprio, até os tímidos, que têm dificuldade de expressar emoções.
                                                   
As RágasAs Rágas indianas foram desenvolvidas a milhares de anos atrás. Através da meditação e pela convivência com a natureza, percebeu-se que certo conjunto de notas invocadas a certas horas e em certas estações do ano, produziam determinados efeitos nas pessoas.

Foi percebida a sincronização entre as melodias e os ciclos da natureza. As vibrações de certas notas ou conjunto de notas e melodias afetam diretamente os chacras estimulando ou diminuindo suas funções. Estas mudanças psicofísicas e energéticas alteram o estado de consciência do músico e do ouvinte.Cada um dos sons e combinação destes tem um certo efeito sobre a psique humana.

Por exemplo, para todo tipo de expansão física e material são usadas os sampoorna rága (os arranjos de 7 notas), e para todo o tipo de redução, das doenças, comportamento violento, etc., são usados os shádava rága (os arranjos de 6 notas). Para um comerciante mal sucedido, serviria um rága diferente do que para um empresário, que queira expandir seus negócios; e para restabelecer o bom funcionamento dos rins não serviria o mesmo rága indicado para um tratamento de emagrecimento.


                                                                Phelippe Pranaom Shan
     Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação 
lothusganesha@gmail.com



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