30.9.20

O Observador no Yoga


Somos Senhores (e Senhoras) de nossa Percepção.
Através do discernimento podemos escolher onde focarmos 
nossa atenção.

E isto faz TOTAL diferença em nossa vida.           
                                 
Algo em nós observa as coisas. Este algo nos acompanha
desde pequeno. Pode-se chamar de alma, eu superior ou atman, purusha, instrumento perceptivo do Ser ou "apenas" "dhirs" - Observador (termo utilizado no Yoga). Este não pensa, julga, critica, nomeia, compara - pois isto é atributo da mente.

Sim, primeira coisa: Separe o observador, o percebedor, o testemunhador da Mente. Pois o observador pode observar os pensamentos, mas não são eles. Os pensamentos são transitórios e mudam, o percebedor não. A alma para o ocidental se desenvolve, amadurece, e para o oriental não. É sempre Luz e não se desenvolve. As camadas é que se desenvolvem.

O ato de observar está longe de ser uma atitude omissa. É das maiores ferramentas que possuímos. Exemplificando a premissa exposta de maneira prática ( O Yoga é eminentemente prática, prática): Comecemos pelo corpo, pois este sensorialmente é escandaloso.

Observe agora, neste exato momento suas mãos. só observe. O que acontece? Na hora, alguma camada muscular desta relaxa. Faça isto em outras áreas e perceberá alterações. Só testemunhe, não permita que entre comparações, julgamentos ou reflexões pois isto é produto da mente.

O observador trás o perfume da alma, que é a Paz. Pode-se também sutilizar a experiência
e testemunhar seus pensamentos, seu campo energético, suas emoções e também constatar alterações bem significativas.

O observador está sempre no Presente.

Quando não estamos no aqui e agora, estamos e somos raptados pela mente e
estamos conectados ao passado pelas memórias ou ao futuro com as preocupações e ansiedade. Podemos fazer terapia e trabalhar o passado e podemos fazer planos e projetos
para o futuro, mas deve ser pontual e depois disto desenvolver o estado de Presença.
O problema é que estamos na maior parte de nosso dia envolvidos nestes dois estados.

Com o desenvolvimento da consciência do observador passamos a ser Agentes de nossas escolhas e destino. Deixamos aos poucos de ser reagente aos constantes estímulos externos que regem a maior parte de nossa vida. Percebemos nossas motivações e o que é importante e determinante para
nosso bem-estar espiritual.

Outra coisa a destacar é que tal atitude facilita o processo de DESIDENTIFICAÇÃO do percebedor com a mente, com o corpo, com as emoções. Você percebe a transitoriedade dos pensamentos e dos sentimentos e o que traz o estado de Ananda (bem-aventurança) ao Ser.


Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com
Aulas online








19.9.20

A importância da Respiração

Um dos aspectos mais importante durante as práticas do Yoga – e indubitavelmente, também, fora do tapetinho -, é saber respirar corretamente. Em muitas ocasiões ouvimos: “ah, respirar, todos respiram”. Mas, respiramos corretamente? Costumamos estar conscientes o quanto a respiração está ligada à mente e as emoções?
A reflexão está muito mais identificada na maneira, no COMO respirar.
É normal ouvirmos a afirmação de que todos sabem comer, andar, respirar. Após questionarmos esses atos aparentemente simples iremos nos surpreender.
Mastigar devagar o alimento, estar atento à comida que leva à boca, o estado mental no qual se posta durante a refeição faz toda a diferença. Este procedimento, repete-se durante a respiração. Torna-se importantíssimo tanto para a mente, quanto para o corpo físico, inclusive o campo emocional. Nos educamos ao longo do tempo em relação ao modo como comemos o alimento sólido. Começamos a nos educar, também, ao modo como respiramos.
A respiração é um movimento involuntário, ou seja, que dispensa, num primeiro momento, da sua atenção - ela acontece naturalmente e também voluntário e a alquimia começa quando iniciamos o processo de observação e tornar voluntário o ato respiratório.

Por vários anos vivenciei vários tipos de dietas alimentares “naturebas” da alimentação natural e orgânica. Em uma delas, a macrobiótica, insistia na importância da mastigação durante a refeição. Algo em torno de mastigar 33 vezes cada bocado. Não importa o número, mas sim o fato de que naquele momento da mastigação devemos dar uma “parada” e considerar o alimento que estamos ingerindo. Este, de longe, foi o maior legado que aprendi neste processo alimentar. A importância estava muito mais no como do que no o que, embora, claro, cada uma das linhas considera este ou aquele alimento mais importante.
Retornando à respiração. Respirar bem ou adequadamente melhora a qualidade de vida. Adquirimos o hábito de respirar de maneira equivocada - respirações curtas, sem ritmo e superficiais.
Para respirarmos bem precisamos utilizar a musculatura adequadamente e puxar o ar pelas narinas e não pela boca.
A respiração lenta pelo diafragma traz benefícios à saúde. O diafragma localiza-se entre o tórax e o estômago. Quando ele é utilizado, o oxigênio chega até a parte baixa dos pulmões, oxigenando corretamente esta região e retirando os resíduos que costumam ali permanecer.
A reeducação respiratória previne doenças, reduz o estresse, hipertensão, depressão, ajuda a rejuvenescer, emagrecer, tranquilizar o emocional, induzindo ao relaxamento e a dor de cabeça.
Com a prática do Yoga, a reeducação postural é levada em consideração. Nosso corpo fala e sua postura reflete sua emoção. Exemplo: pessoas tímidas costumam se fechar, pessoas seguras de si  tem a característica de inflar o peito. A postura reflete na respiração. Durante a prática do Yoga, principalmente nas posturas sentadas, é enfatizado que a coluna permaneça ereta. Isto permite uma maior oxigenação e amplia o trabalho com o Prana.
O ritmo da respiração determina o nosso estado físico, mental e emocional de forma positiva ou negativa.
A respiração correta massageia e tonifica todos os nossos órgãos e glândulas endócrinas permitindo que eles trabalhem com perfeição.
Perceber e exercitar a respiração é uma forma de ficar mais conectado ao presente, menos vinculado ao passado e preocupado com o futuro, além de melhorar a concentração.
Ao observar a respiração, a mente se acalma e conseguimos pensar melhor. Por meio dela, dominamos melhor os sentimentos e conseguimos pensar com mais clareza. Prestar atenção na respiração facilita para que a mente saia de um estado de ansiedade.
Pranayama são os chamados respiratórios no yoga. No entanto, é muito mais que isto. Pranayama significa controle e expansão no Prana – energia cósmica. Durante os respiratórios esta energia deve ser direcionada através da atenção e visualização pela mente. Há situações, e devemos ressaltar em que o Pranayama prescinde dos respiratórios e é realizado apenas pela mente.
Respiração baixa ou abdominal: Deite-se de costas com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão. Coloque suas mãos na parte baixa do abdômen. Esvazie os pulmões e inspire lenta e profundamente expandindo o abdômen. Imagine que o ar preenche essa área. Permaneça assim por alguns minutos. Não tenha pressa. Não é importante o número de respirações e sim o como você as faz – de maneira lenta, sem pressa.
Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com






Yoga e os Pensamentos

“Yoga Chitta Vritti Nirodah” 
Yoga Sutra 1.2 Patanjali

Este é o Aforismo clássico dos Yoga Sutras de Patanjali que define o Yoga . Muitas vezes lemos Em alguma tradução afirmando que “yoga é o controle da mente”, ou outra “yoga é a supressão dos turbilhões da mente”, ou “Yoga é suprimir a atividade da Mente”. Lemos até mesmo que “yoga é esvaziar a Mente”.
Pretendo não entrar numa consideração acadêmica sobre qual definição é a mais próxima de estar correta. Longe disto. Gostaria de considerar a relação que há entre o Yoga e os pensamentos para nós, praticantes comuns  que trabalham, estudam, têm suas famílias e problemas do cotidiano.
A primeira questão a abordar é a de que o controle da mente, a princípio, não significa que não possamos errar, ou ter pensamentos que não sejam adequados  e que temos de evitar a todo custo as ervas daninhas dos pensamentos negativos.  O primeiro e grande passo é Observar a mente e os pensamentos. Vigiar a mente, estar atento. Observar o que acontece . É o desenvolvimento da Atenção interior dirigida aos nossos pensamentos.
Começamos o processo do Distanciamento entre nós – a Consciência – e os Pensamentos.
Outro  passo é a qualificação entre eles. O que eu Sinto com este ou aquele pensamento?  Ele me faz sentir-me bem? O corpo costuma responder na hora à manifestação do pensamento. Ele pode se contrair, se expandir, relaxar etc.  Há também uma sensação na profundidade do Ser que você Sabe se te faz bem ou não tal pensamento.
Então, começamos a perceber um pensamento e os efeitos deste em nosso Ser.
A seguir, começamos o processo da escolha de onde colocarmos nossa Atenção para firmarmos  ou não um pensamento.  Aos poucos e em alguns momentos começamos a colher o fruto da escolha em relação ao que pensamos.  É como dirigir um veículo. Cometemos barbeiragens e a habilidade somente ocorre com a prática  e nunca com a simples leitura de algum bom texto – que ajuda sim, mas para por aí.
Pensamentos  são apenas palavras enfileiradas que  desfilam pelo palco de nossa mente. Por si só, não tem nenhum significado – nenhum poder.  Nós é que damos a ele significado e consequentemente poder. E mais, nós geralmente – de maneira inconsciente, escolhemos o significado que damos aos pensamentos.
O problema está em dar significado e por muitas vezes acreditar nos pensamentos.
Certa ocasião, em uma reunião em uma Universidade, éramos 5 pessoas conversando amigavelmente. Um professor de Antropologia disse: Lampião foi um personagem importante culturalmente para o seu tempo e discorreu um pouco sobre isto. Eu fiquei a observar bem atentamente as pessoas. Ele sentia-se muito bem ao falar o que falou. Outra pessoa, no entanto, parecia estar bastante desconfortável com o tema e deu sua opinião da catástrofe que foi o movimento e o quanto feriu famílias por onde o bando passou. Outro disse, de maneira bem racional que nada daquilo teria o corrido se o padre Cícero (monarquista) não tivesse fornecido armamento para lampião a pretexto de combater a Coluna Prestes e lampião ter fugido para o sertão. Entre estas e outras percebi um festival de sensações e emoções por todos os lados e por vezes fundamentadas de maneira calorosa e emocional.
O que quero dizer com isto é que o fato foi o que foi e que cada um de nós é que damos o significado a ele. Percebi pessoas incomodadas mesmo estando em silêncio.
Esta é uma situação que ocorre em muitas ocasiões no dia-a-dia. Considere agora, quantas destas discussões ocorrem em nosso campo mental. Quando começamos a observar os pensamentos percebemos por muitas e muitas vezes que entramos em combates mentais.
Mesmo que isto não seja “real”, não esteja acontecendo ali, na hora, nós estressamos, secretamos hormônios do estresse como adrenalina ou cortisona  e ficamos tensos. Ao contrário, quando a situação considerada é positiva o efeito é outro: serotonina e endorfina o que nos estimula, nos dá saúde e bem-estar.  Em tempo: podemos refletir sobre o que quisermos. O que pega é quando permanecemos em modo de repetição inclusive em situações absolutamente desnecessárias.
Lembre-se dos cinco Kleshas, expostos também nos sutras de Patanjali considerados os causadores do sofrimento, principalmente dois deles: Raga, o Apego e Dvesha, a Aversão. Quando conceituamos ou damos um significado fanático ou extremado a um pensamento nosso corpo e todo nosso Ser sofrerá efeito devastador todo vez que tal tema for abordado. O  cara diz: ah, eu odeio tal....Dançou e é na hora!
O Conceito e o Significado é que determina o Poder de um pensamento. É isto que provoca efeitos por vezes profundo em nós – nossos campos e corpos – e por vezes, o contrário: Quando procuramos significado positivo nas situações – e isto é treino, prática constante - sentimos que são derramadas bênçãos por todo nosso ser. Podemos sim escolher como e com o que regamos nosso jardim interior e as flores e frutos decorrentes disto serem cultivadas de maneira Consciente. Afinal, Yoga é Consciência!
Namastê.
Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com




18.9.20

Uma consideração sobre o Yoga

Yoga é a Postura da Mente. É como você a coloca diante das situações da vida.  No Yoga Sutra - texto clássico do Yoga, de Patanjali - encontramos o aforismo “Yoga Chitta Vritti Nirodhah” muitas vezes traduzido como Yoga é o controle dos pensamentos. 

Deixando de fora a discussão de que se conseguimos ou não parar o pensamento, gosto de utilizar a afirmação de que Yoga é a “Desidentificação” do pensamento.

Esta desidentificação permite que possamos  observar  os pensamentos  à distância e escolher os que melhor nos faz sentir bem. Yoga é o trabalho com a mente.

O Yoga Clássico é dividido em oito partes – o chamado Asthanga Yoga Astha= oito e Anga = membro, parte. São elas: Yamas, Nyamas, Pranayama, Asana, Pratyahara, Dharana, Dhyana e  Samadhi.

Dharana é o estado de Concentração.  No Yoga Sutra,  Patanjali diz: “Dharana é a fixação da mente em um ponto “. Yoga sem Dharana não é Yoga.
Todas as partes do Asthanga yoga estão ligadas inexoravelmente umas às outras, perdendo seu sentido quando contempladas separadamente.

Assim, Asanas (posturas físicas) e Pranayamas (respiratórios) sem a atenção, a concentração (Dharana) ou sem o Pratyahara (abstração dos sentidos – a interiorização) são qualquer outra coisa menos partes integrantes do Asthanga Yoga.

O Asana, muito mais do que uma postura física é um Estado da Mente. Sem este estado, não existe o que se chama de Asana!

Hoje em dia, muitas pessoas quando se deparam com o Yoga, normalmente o associam a um exercício mirabolante, de difícil acesso e que apenas alguns eleitos, geralmente jovens e sarados é que são aptos à prática.

Isto é um erro! Se assim o fosse, o ginasta olímpico era o mestre, o guru. Yoga não é alongamento. Muita gente diz: olha como ele faz bem a postura. O praticante ali, de ponta cabeça, contorcido e o que é pior: completamente desfocado de si mesmo. Com a atenção totalmente externa do ser.


“Yoga é controle dos pensamentos”.

Na verdade o Yoga é muito mais do que isto. Yoga é o desenvolvimento e/ou expansão da Consciência. O chamado controle da mente é um dos primeiros aspectos da prática, embora ainda estejamos muito longe de consegui-lo. 
Este controle começa pela desidentificação com o mecanismo do pensamento.  No entanto, muito mais longe está a simetria e alongamento nas posturas apresentados hoje em dia quase como que a finalidade da prática.

Por estes  anos de prática ouvi , por muitas vezes, a afirmação de que aquele aluno muito alongado era veterano da prática. Eu observava alguns idosos e apesar de não se alongarem nem a metade, entravam em estado de Asana de maneira muito mais acentuada e graciosa – Estes são os veteranos na prática!

Sim, Asana é um Estado de, Pranayama é um Estado de, assim como o Yoga é um Estado diferenciado em que a consciência expande-se.

Observação dos Pensamentos

Fique em uma posição confortável. A posição sentada, com as pernas cruzadas e a coluna ereta é a mais recomendada. 
Isto porque mantendo a coluna ereta permitimos que os pulmões recebam uma boa quantidade de oxigênio possibilitando que o cérebro fique oxigenado e a mente alerta e concentrada. Ao contrário, ocorre uma menor oxigenação e advém a distração e o sono.

Permaneça por um momento imóvel apenas acompanhando sua respiração, sem interferir com ela, simplesmente observando-a. Esta atitude de observar a respiração é uma ferramenta poderosíssima no Yoga. Ela desvia a mente dos objetos exteriores e coloca o foco no campo interno. Ela tranquiliza a tagarelice da mente e abre as portas para que a consciência comece a se descolar do Pensamento.

A Consciência no Yoga é aquilo que observa, inclusive os pensamentos. Você pode chama-la de alma, espírito, self, purusha, atman, eu superior.

Se a mente se distrair com pensamento do passado ou do futuro, retorne a observação da respiração. Mantendo esta atitude mental os pensamentos tendem lentamente a serenar, e com isto a consciência expande-se. Procure manter a mente atenta ao aqui e no agora, no momento presente.

Observe a respiração e também as sensações internas. Sinta sua musculatura – ela está relaxada ou tensa? Percorra seu corpo sem julgar, sem interferir.

Sinta seu corpo por partes: seus pés, seus braços, pernas ombros, etc. A seguir amplie o campo de sua consciência para a observação de seus estados emocionais, ou estados de espírito – Como se sente?  Sente-se bem? Feliz, triste, motivado?


Prática de Mantras

A preparação é a mesma descrita anteriormente.
Utilize o mantra Om, mentalmente, acoplando-o ao processo respiratório - durante a expiração.

Coloque toda a sua atenção na repetição do mantra e no ritmo. Procure não deixar a entonação mental ser mecânica. Observe o som mental, sua vibração e principalmente as sensações decorrentes. O que você sente?

Não crie uma briga interna com os pensamentos: você não deve fazer nada contra eles, apenas a favor do mantra.



Aulas de Yoga

As aulas de Yoga enfatizam o desenvolvimento da consciência, a percepção interior, a concentração e o estado de relaxamento. Os benefícios decorrentes da prática atuam no corpo, na mente, no campo energético, no sistema nervoso e no campo emocional.

A prática melhora a autoestima e valoriza-se a atenção no momento presente. É produzido um estado de paz interior com sensação de bem-estar.

A estrutura da aula contém: relaxamento inicial para aquietar a mente e o corpo. respiratórios (Pranayama), posturas (Asanas) e relaxamento final. Pratyahara (abstração dos sentidos), Dharana ( concentração) e Dhyana (meditação) são vivenciados durante toda a prática conforme abordagem temática específica da aula.




Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com





Yoga fora do Tapetinho  

O Yoga Clássico codificado nos Yoga Sutra de Patanjali o descrevem como um corpo no qual é dividido em oito partes, a saber: Yamas, Nyamas, Asana, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadi. Tradicionalmente, é praticado durante em um horário do dia.

O que o aluno percebe logo de cara é que esta ação não se restringe à vivência apenas no tapetinho. É algo para ser inserido no dia-a-dia, é uma filosofia de vida.
É um tesouro no qual  o praticante sente intuitivamente a vontade de ampliar em todos os seus corpos e campos e não apenas no físico, mas também no emocional, no mental, no energético e em suas práticas espirituais, seja ela qual for. O Yoga é uma ferramenta  para aprofundar sua interiorização e ação na sociedade de uma maneira mais espiritual e assertiva.Todos temos nosso próprio Shadana ( senda), o modo como vamos realizar o caminho espiritual que escolhemos.
Voltemos ao Yoga clássico no qual destaca suas oito partes e vamos destacar o Estado de Dharana - a concentração.
Dharana - a concentração
Há diversas técnicas que são utilizadas durante uma prática do Yoga. A princípio, exercita-se o estado de atenção e a seguir concentração – fixação em um ponto - em um determinado objeto. Vai-se acostumando e desenvolvendo a habilidade da mente em concentrar-se, a seguir observe e coloque o foco na respiração, depois em seu corpo. E vai cada vez mais sutilizando este estado de atenção fixa. Concentre-se em suas sensações, em seus pensamentos. Com isto a mente vai diminuindo o ritmo e fluxo dos pensamentos e então, desidentificando-se dos pensamentos você vai percebendo e sentindo seu ser de um modo mais profundo.
Faz-se isto durante a aula e depois, nós, ocidentais vamos às relações sociais, profissionais e familiares. Para muito aí há um CORTE. Absolutamente, não é o caso. Podemos exercitar, de maneira mais branda, a concentração em vários momentos do dia-a-dia. Numa fila de ônibus ou de banco ou aeroporto. Em uma espera a uma consulta e conforme vamos acostumando a mente a este processo de se concentrar por conta da Vontade, vamos aprofundando esta relação e introduzindo a concentração ... na AÇÃO. Lembre-se o que precede a concentração é o estado de Atenção.
Quando estamos bebendo um chá, não pense em outra coisa. Coloque o foco no chá. Beba-o  colocando todo o seu ser no ato realizado. Sinta o aroma, o gosto, a sensação que provoca quando bebe. Aprecie. Observe o estado mental .Esteja ali: Presente.
Se estiver em uma reunião, observe tudo ao redor e principalmente seu interior como ele reage à situação. Com a prática você deixa de ser regente e passa a ser agente de sua vida focando naquilo que te traz Paz e Luz.
Yoga e Dança
Pode-se inserir isto em todas as áreas da vida. Andando, passeando, dançando, cantando. Aliás, sabemos que existe uma ligação do Yoga com a Dança. Nesta belíssima e deliciosa arte, exercita-se o estado de Dharana quanto mais presente , atento e concentrado estiver – o que naturalmente as pessoas do ramo o fazem. Colocam-se por inteira no ato realizado com a atenção e concentração e na sensação do que é realizado. O movimento e a energia flui de modo mais intenso e gracioso. Concentração não é um botão que se aperta e pronto, está concentrado. É algo que é desenvolvido aos poucos. É como um músculo. Conforme vamos praticando abre-se um enorme campo de possibilidades e profundidade. Dharana é enorme e extenso.
Tradicionalistas no Yoga, aqueles que pensam que moram num asham, mas vivem no ocidente, dirão que dança não é Yoga. A princípio, é óbvio que não é, do ponto de vista do Yoga Clássico. Mas é uma arte, e muito bacana, em que a pessoa exercita aspectos do Yoga – a atenção e a concentração. Isto também é Prática. Está se utilizando de uma ferramenta do Yoga e a desenvolvendo. E mais: e aquela pessoa que dança com devoção, sincronizando-se com seu ser e seu sagrado? Ela está sim, fazendo Yoga.   A proposta não é inserir o Yoga na vida? Então deixemos a caretice e o conservadorismo de lado e de considerar que o Yoga pode ser apenas executado quando enfurnado num templo e afastado do mundo. O mundo medieval foi-se, vivemos agora na Nova Era.
Por fim, Se você estiver em um escritório, ou cozinhando, ou na natureza ou em meio a outro tipo de ação social e estiver realizando isto com atenção, percepção no momento presente, observação no seu interior estará praticando yoga. Estará desenvolvendo paulatinamente o estado de Dharana – concentração.
E mais, se a prática estiver temperada com amor e paz estará exercitando o abrir as portas da percepção para realizar o objetivo maior do Yoga que é o encontro, a União, com sua alma, sua centelha divina e também com a consciência cósmica, ou Deus.
O Karma yoga aborda bem esta questão.  Yoga é o quão habilidosamente agimos em qualquer situação. É habilidade na ação.
Quando se desenvolve a habilidade em manter-se concentrado em diversas situações você estará praticando o Yoga. Isto requer vivência e prática. Não basta vivenciar isto apenas no tapetinho e depois trocar de sintonia e vivenciar outros lances
Quando a gente exercita de maneira consciente o retorno ao nosso estado de paz e percepção interna, nossa harmonia e/ou o que estamos sentindo  com aquela experiência estamos praticando Yoga.
Procure envolver-se completamente naquilo que você está realizando.
Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com




17.9.20

A Respiração no Yoga

Para respirarmos bem precisamos utilizar a musculatura adequadamente e puxar o ar pelas narinas e não pela boca.

A respiração lenta pelo diafragma traz benefícios à saúde. O diafragma localiza-se entre o tórax e o estômago. Quando ele é utilizado, o oxigênio chega até a parte baixa dos pulmões, oxigenando corretamente esta região e retirando os resíduos que costumam ali permanecer.

Perceber e exercitar a respiração é uma forma de ficar mais conectado ao presente, menos vinculado ao passado e preocupado com o futuro, além de melhorar a concentração.

A reeducação respiratória previne doenças, reduz o estresse, hipertensão, depressão, ajuda a rejuvenescer, emagrecer, tranquilizar o emocional, induzindo ao relaxamento e a dor de cabeça.
Com a prática do Yoga, a reeducação postural é levada em consideração. Nosso corpo fala e sua postura reflete sua emoção. Exemplo: pessoas tímidas costumam se fechar, pessoas seguras de si  tem a característica de inflar o peito. A postura reflete na respiração.

Durante a prática do Yoga, principalmente nas posturas sentadas, é enfatizado que a coluna permaneça ereta. Isto permite uma maior oxigenação e amplia o trabalho com o Prana.


O ritmo da respiração determina o nosso estado físico, mental e emocional de forma positiva ou negativa.A respiração correta massageia e tonifica todos os nossos órgãos e glândulas endócrinas permitindo que eles trabalhem com perfeição.

Ao observar a respiração, a mente acalma-se e conseguimos pensar melhor. Por meio dela, dominamos melhor os sentimentos e conseguimos pensar com mais clareza. Prestar atenção na respiração facilita para que a mente saia de um estado de ansiedade.
Pranayama são os chamados respiratórios no yoga.

No entanto, é muito mais que isto. Pranayama significa controle e expansão no Prana – energia cósmica. Durante os respiratórios esta energia deve ser direcionada através da atenção e visualização pela mente. Há situações, e devemos ressaltar em que o Pranayama prescinde dos respiratórios e é realizado apenas pela mente.

Respiração baixa ou abdominal: Deite-se de costas com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão. Coloque suas mãos na parte baixa do abdômen. Esvazie os pulmões e inspire lenta e profundamente expandindo o abdômen. Imagine que o ar preenche essa área. Permaneça assim por alguns minutos. Não tenha pressa. Não é importante o número de respirações e sim o como você as faz – de maneira lenta, sem pressa.

Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação. 
lothusganesha@gmail.com



15.9.20

Aulas de Yoga


Os benefícios decorrentes da prática do Yoga atuam no corpo, na mente, no campo energético, no sistema nervoso e emocional. Melhora a circulação sanguínea, regula o funcionamento das glândulas endócrinas, tonifica os órgãos, músculos e o sistema nervoso. Há aumento da vitalidade.

As aulas enfatizam o desenvolvimento da consciência, a percepção interior, a concentração e o estado de relaxamento. Os benefícios decorrentes da prática atuam no corpo, na mente, no campo energético, no sistema nervoso e no campo emocional.

A pratica melhora a autoestima e valoriza-se a atenção no momento presente. É produzido um estado de paz interior com sensação de bem-estar.
               
A estrutura da aula contém: relaxamento inicial para aquietar a mente e o corpo. respiratórios (Pranayama), posturas (Asanas) e relaxamento final. Pratyahara (abstração dos sentidos), Dharana ( concentração) e Dhyana (meditação) são vivenciados durante toda a prática conforme abordagem temática específica da aula.

Os Asanas – as posturas - variam de acordo com a capacidade de cada aluno e a finalidade é a de trabalhar a energia, a mente, a atenção, o combate à ansiedade e a depressão. A saúde corporal, a melhor circulação sanguínea e o bom funcionamento glandular são decorrências proveniente da prática.

Aulas de Relaxamento
Desenvolve a capacidade de administrar o estresse, diminui o cansaço físico, relaxa a musculatura, o campo emocional e mental, restabelecendo a energia em todos setores do ser.

Aulas de Meditação 
Proporciona um desenvolvimento apurado da atenção e da concentração fortalecendo o desenvolvimento da mente deixando-a mais focada e centrada. Aumento da percepção, do controle interior e da consciência do momento presente.

Aulas de Pranayama
Exercícios, a princípio, respiratórios, que auxiliam no controle emocional, na redução da ansiedade, no aumento da vitalidade e da energia para o seu dia-a-dia.  O ritmo da respiração atua profundamente no sistema nervoso e na mente permitindo trabalhar no controle da ansiedade e da depressão.


Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com 



14.9.20

Yoga, o Estresse e o Relaxamento

Um dos aspectos que vivenciamos durante uma prática de Yoga é o Relaxamento. Nos dias atuais vivemos cercados de inúmeras atividades e estímulos constantes que geram de maneira acentuada um constante estado de tensão e estresse.
O estado prolongado de estresse enfraquece o nosso sistema imunológico permitindo o surgimento de inúmeras doenças.  Esta situação pode ser aliviada com a utilização de técnicas de relaxamento.
O estado de relaxamento pode ser obtido através de técnicas como a respiração profunda e direcionada, o relaxamento muscular e a visualização e a meditação.
Estes recursos criam um estado de quietude interior desacelerando o metabolismo, relaxando a musculatura e a tensão, permitindo que o organismo se recomponha.
O relaxamento é de grande utilidade quando a pessoa sente-se ansiosa, cansada, deprimida ou estressada. Há uma natural descontração, uma sensação de paz interior e de serenidade. Com a prática  podemos prevenir os efeitos do estresse e impedir que este se torne crônico.
Momentos de relaxamento ajudam a baixar os valores de tensão arterial e regularizar o ritmo dos batimentos cardíacos, preservando a saúde do coração.
A prática promove a libertação de endorfinas – neurotransmissores que provocam a sensação de bem-estar melhorando a disposição.
Sabemos que o estresse debilita o sistema imunitário, tornando-nos mais vulneráveis a doenças. O estresse crônico danifica áreas do cérebro associadas ao pensamento abstrato, aprendizagem e memória
Conforme desenvolvemos a habilidade em lidar com eventos estressantes reduzimos o risco  de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
A presença prolongada de cortisol, que é o hormônio do estresse em nosso organismo diminui os níveis de serotonina e dopamina – níveis baixos destes neurotransmissores estão associados à depressão.  O relaxamento permite um aumento dos níveis de serotonina e de dopamina.
Outro fato é que o estresse aumenta a tensão muscular e consequentemente a dor crônica. O relaxamento é eficaz para reduzir a tensão muscular ao diminuir os níveis de cortisol, descontraindo os músculos, aumentando a sensação de bem-estar e diminui a dor crônica.
Podemos perceber os benefícios da prática do relaxamento de maneira muito acentuada em nosso corpo físico, em nosso estado emocional e também na mente.
Ressalto, no entanto, que os benefícios maiores vão mais além.
Conforme nosso corpo vai-se equilibrando e nossa mente e o sistema nervoso aquietando e serenando, nossa Consciência interior tende a se expandir e podemos então perceber, cada vez com mais intensidade, a Luz, a Paz, a Serenidade e o Amor que emanada de nosso Ser Profundo  - que está lá e sempre esteve serenamente presente.
Nossa mente é como as águas de um mar movimentado:  Conforme a acalmamos podemos perceber as belezas emanadas de sua profundidade  e mergulharmos em seu silêncio majestoso.  
Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com





Apaixone-se pelo outro(a), sem medo

O que costuma acontecer quando nos apaixonamos?


Sentimo-nos entusiasmados, motivados e disposto à renovação. Cuidamos mais de nós. Esbanjamos sentimentos de amor e felicidade por todo lugar. Os hormônios benéficos de nosso corpo são ativados e temos disposição para iniciar novos projetos e sonhos.

Isto é possível sem necessariamente depender de uma resposta assertiva do outro. Como assim?
A primeira etapa de uma paixão está sinalizada no parágrafo anterior. A seguir, queremos encontrar, abraçar e beijar a pessoa amada. Mas, e se não é o caso? A pessoa pode ter outros planos, ter um parceiro (a) ou simplesmente não estar nem aí com você.
Aquele calor aumenta no peito e geralmente sem saber o que fazer afirmamos: ah, não faço isto para não me machucar. Pois bem, quando este calor estiver bem forte em seu peito direcione esta enorme energia para sua saúde, seu corpo e sua mente.

Sabemos que o Chakra Anahata possui 12 “Pétalas”. Cada uma delas é um corredor , um rio de energia com um atributo específico. Temos uma pétala que é a do Entusiasmo, outra que é a da Motivação, outra que é a da Esperança e outra que é a da Saúde. Não é à toa que a saúde esteja ligada à paixão e ao amor. Sabemos que algumas escolas esotéricas atribuem a cor Rosa a este Chakra e outras a cor verde – a da saúde.
Direcionamos esta forte energia, através da concentração e da visualização para onde quisermos. Para um local do corpo que precise da energia da renovação e saúde, para um plano, um projeto que precise de energia e determinação para realizá-lo. E, detalhe - grande: Você SENTE-SE Feliz, Muito Feliz.
Apaixone-se sem medo, sem cobrança do outro, sem medo de se machucar. Pode-se dizer: ah, eu não me apaixono porque não quero me decepcionar. Decepcionar-se com o que? Seu corpo melhorou, sua mente está mais dinâmica. Todos à sua volta percebem que está feliz.
E, a pessoa em foco, mesmo que por qualquer de seus motivos estiver em outra será bem tratada, com gentileza e você irá dar o seu melhor à ela.
Conforme aprendemos a dominar esta energia, aprendemos a ver e a nos apaixonar pelo sorriso de uma pessoa, pelo jeito dela ser, por seus  pensamentos , pelo seu coração e sua bondade. E aí sabemos que isto não “é Errado” porque ela está em outra.
Há  casais conhecidos por nós que poderiam trabalhar numa sorveteria de tão fria que é a relação. Aqueça, reconquistando novamente o parceiro. Reaprenda a olhar o lado positivo como fazia antes e desperte novamente a paixão por ela.
Do ponto de vista do Yoga, isto faz com que você desenvolva a habilidade em acionar, desperta e a aprender a manifestar e aplicar seus pensamentos e suas emoções. Você começa a passar a ser AGENTE  e não mais reagente de suas sensações
Por aqueles que estamos apaixonados, damos o nosso melhor, sempre.

Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com




16.4.20

Yoga e a Mente

Sabemos da importância do controle da mente. Possuímos já uma percepção da importância e do Poder que a mente representa para o ser humano e o quanto podemos ainda desvendar em relação a isto.

Algumas vezes, em algumas ocasiões, realizamos alguns exercícios mentais e paramos por aí. Costumamos depararmo-nos em um campo muito extenso e temos uma sensação do “e aí?”. 

O Yoga dá algumas dicas. A primeira delas é a utilização da respiração. É através dela que podemos “ancorar” no aqui e no agora e começar o processo. É também através da respiração que diminuímos o fluxo mental, os estados mentais e começamos a tomar consciência do que estamos pensando naquele exato momento.  Inicia-se aí o Treino da Mente.

Observando o fluxo dos pensamento percebemos que eles, a princípio, são apenas palavras enfileiradas. A rigor eles não têm nenhum significado. Somente nós é que damos significado a eles. E é aí que a coisa começa a pegar. Entrando o significado geralmente entra o aspecto emocional e o pensamento é reforçado.

Quando reforçado, o pensamento produz um profundo efeito em nosso corpo físico, mental e emocional e expressa-se em nossa vida  atraindo experiências similares à vibração expressa por ele.

Normalmente somos reféns inconscientes neste processo e somos levados como uma rolha no oceano da existência. Quando tomamos consciência deste processo começamos a gostar de aprender a dirigir nossa própria manifestação de maneira voluntária e consciente.

Como podemos, então, a desenvolver este processo, de maneira consciente, para situações que nós levem mais próximos à Luz e ao Amor? No Yoga existe uma parte (anga) que é chamada de Dhárana - Concentração.  È a fixação da mente em um ponto ou situação mental.

Retornando ao ponto inicial: Respiração e observando os pensamentos. Nesta observação tomamos consciência daqueles que são mais próximos à Luz e ao bem-estar espiritual para nós. Neste ponto fortalecemos o Significado do pensamento fortalecendo-o para que a semente cresça e se desenvolva em nossa mente a nossa vida.

Uma das maneiras de dar significado ao pensamento é o que podemos chamar de ATITUDE. É o se colocar de maneira integral no que está realizando. É utilizar seu corpo físico, energético, mental e espiritual unido.

Yoga em Sânscrito significa União. E é a união de todo seu Ser, todas as suas forças direcionadas na direção do que pretende. Qual é o estado emocional em vibração similar à Luz? É o amor? Que seja desenvolvido internamente.

Coloque suas emoções, sua energia, seu corpo, seu ser naquela direção. O pensamento se tornará forte e significativo para você e sua vida.

Detalhe: isto é treino, treino, treino. Estamos no início deste processo e descobrindo nossas próprias forças e o bacana de tudo isto é exatamente este Descobrir.


Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com





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