19.9.20

A importância da Respiração

Um dos aspectos mais importante durante as práticas do Yoga – e indubitavelmente, também, fora do tapetinho -, é saber respirar corretamente. Em muitas ocasiões ouvimos: “ah, respirar, todos respiram”. Mas, respiramos corretamente? Costumamos estar conscientes o quanto a respiração está ligada à mente e as emoções?
A reflexão está muito mais identificada na maneira, no COMO respirar.
É normal ouvirmos a afirmação de que todos sabem comer, andar, respirar. Após questionarmos esses atos aparentemente simples iremos nos surpreender.
Mastigar devagar o alimento, estar atento à comida que leva à boca, o estado mental no qual se posta durante a refeição faz toda a diferença. Este procedimento, repete-se durante a respiração. Torna-se importantíssimo tanto para a mente, quanto para o corpo físico, inclusive o campo emocional. Nos educamos ao longo do tempo em relação ao modo como comemos o alimento sólido. Começamos a nos educar, também, ao modo como respiramos.
A respiração é um movimento involuntário, ou seja, que dispensa, num primeiro momento, da sua atenção - ela acontece naturalmente e também voluntário e a alquimia começa quando iniciamos o processo de observação e tornar voluntário o ato respiratório.

Por vários anos vivenciei vários tipos de dietas alimentares “naturebas” da alimentação natural e orgânica. Em uma delas, a macrobiótica, insistia na importância da mastigação durante a refeição. Algo em torno de mastigar 33 vezes cada bocado. Não importa o número, mas sim o fato de que naquele momento da mastigação devemos dar uma “parada” e considerar o alimento que estamos ingerindo. Este, de longe, foi o maior legado que aprendi neste processo alimentar. A importância estava muito mais no como do que no o que, embora, claro, cada uma das linhas considera este ou aquele alimento mais importante.
Retornando à respiração. Respirar bem ou adequadamente melhora a qualidade de vida. Adquirimos o hábito de respirar de maneira equivocada - respirações curtas, sem ritmo e superficiais.
Para respirarmos bem precisamos utilizar a musculatura adequadamente e puxar o ar pelas narinas e não pela boca.
A respiração lenta pelo diafragma traz benefícios à saúde. O diafragma localiza-se entre o tórax e o estômago. Quando ele é utilizado, o oxigênio chega até a parte baixa dos pulmões, oxigenando corretamente esta região e retirando os resíduos que costumam ali permanecer.
A reeducação respiratória previne doenças, reduz o estresse, hipertensão, depressão, ajuda a rejuvenescer, emagrecer, tranquilizar o emocional, induzindo ao relaxamento e a dor de cabeça.
Com a prática do Yoga, a reeducação postural é levada em consideração. Nosso corpo fala e sua postura reflete sua emoção. Exemplo: pessoas tímidas costumam se fechar, pessoas seguras de si  tem a característica de inflar o peito. A postura reflete na respiração. Durante a prática do Yoga, principalmente nas posturas sentadas, é enfatizado que a coluna permaneça ereta. Isto permite uma maior oxigenação e amplia o trabalho com o Prana.
O ritmo da respiração determina o nosso estado físico, mental e emocional de forma positiva ou negativa.
A respiração correta massageia e tonifica todos os nossos órgãos e glândulas endócrinas permitindo que eles trabalhem com perfeição.
Perceber e exercitar a respiração é uma forma de ficar mais conectado ao presente, menos vinculado ao passado e preocupado com o futuro, além de melhorar a concentração.
Ao observar a respiração, a mente se acalma e conseguimos pensar melhor. Por meio dela, dominamos melhor os sentimentos e conseguimos pensar com mais clareza. Prestar atenção na respiração facilita para que a mente saia de um estado de ansiedade.
Pranayama são os chamados respiratórios no yoga. No entanto, é muito mais que isto. Pranayama significa controle e expansão no Prana – energia cósmica. Durante os respiratórios esta energia deve ser direcionada através da atenção e visualização pela mente. Há situações, e devemos ressaltar em que o Pranayama prescinde dos respiratórios e é realizado apenas pela mente.
Respiração baixa ou abdominal: Deite-se de costas com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão. Coloque suas mãos na parte baixa do abdômen. Esvazie os pulmões e inspire lenta e profundamente expandindo o abdômen. Imagine que o ar preenche essa área. Permaneça assim por alguns minutos. Não tenha pressa. Não é importante o número de respirações e sim o como você as faz – de maneira lenta, sem pressa.
Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com






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