30.9.20

O Observador no Yoga


Somos Senhores (e Senhoras) de nossa Percepção.
Através do discernimento podemos escolher onde focarmos 
nossa atenção.

E isto faz TOTAL diferença em nossa vida.           
                                 
Algo em nós observa as coisas. Este algo nos acompanha
desde pequeno. Pode-se chamar de alma, eu superior ou atman, purusha, instrumento perceptivo do Ser ou "apenas" "dhirs" - Observador (termo utilizado no Yoga). Este não pensa, julga, critica, nomeia, compara - pois isto é atributo da mente.

Sim, primeira coisa: Separe o observador, o percebedor, o testemunhador da Mente. Pois o observador pode observar os pensamentos, mas não são eles. Os pensamentos são transitórios e mudam, o percebedor não. A alma para o ocidental se desenvolve, amadurece, e para o oriental não. É sempre Luz e não se desenvolve. As camadas é que se desenvolvem.

O ato de observar está longe de ser uma atitude omissa. É das maiores ferramentas que possuímos. Exemplificando a premissa exposta de maneira prática ( O Yoga é eminentemente prática, prática): Comecemos pelo corpo, pois este sensorialmente é escandaloso.

Observe agora, neste exato momento suas mãos. só observe. O que acontece? Na hora, alguma camada muscular desta relaxa. Faça isto em outras áreas e perceberá alterações. Só testemunhe, não permita que entre comparações, julgamentos ou reflexões pois isto é produto da mente.

O observador trás o perfume da alma, que é a Paz. Pode-se também sutilizar a experiência
e testemunhar seus pensamentos, seu campo energético, suas emoções e também constatar alterações bem significativas.

O observador está sempre no Presente.

Quando não estamos no aqui e agora, estamos e somos raptados pela mente e
estamos conectados ao passado pelas memórias ou ao futuro com as preocupações e ansiedade. Podemos fazer terapia e trabalhar o passado e podemos fazer planos e projetos
para o futuro, mas deve ser pontual e depois disto desenvolver o estado de Presença.
O problema é que estamos na maior parte de nosso dia envolvidos nestes dois estados.

Com o desenvolvimento da consciência do observador passamos a ser Agentes de nossas escolhas e destino. Deixamos aos poucos de ser reagente aos constantes estímulos externos que regem a maior parte de nossa vida. Percebemos nossas motivações e o que é importante e determinante para
nosso bem-estar espiritual.

Outra coisa a destacar é que tal atitude facilita o processo de DESIDENTIFICAÇÃO do percebedor com a mente, com o corpo, com as emoções. Você percebe a transitoriedade dos pensamentos e dos sentimentos e o que traz o estado de Ananda (bem-aventurança) ao Ser.


Phelippe Pranaom Shan
Professor de Yoga, Relaxamento, Meditação
  lothusganesha@gmail.com
Aulas online








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...